Sob

Sonho bom,
Um sonho feliz,
Um sonho debaixo do nariz,
Um sonho que nunca ninguém entendeu o que quiz
O que quiz era sonhar
O que quiz era parar
Sob o teu nariz
Sonhar

Quem?

Lisergia do par
Desfocado fundo
Plano alterado
Amendoados,
É um fato
Acontece do meu lado
Acima, abaixo,
para todos os cantos

É uma música que não se entende
E nem há o que entender
Esquece o lado, o fato, o retrato
Fala do ato, comenta somente
Tente, faça novamente

Sorria, como sorrir
Sorrir da luz roxa
A perna, joelho
Crivado

Chão, céu.

"Fechado"

Filho, já disse para não cutucar
Não cutuque,
Ela assim não vai sangrar
Deixe que tudo se feche
Que ao tempo, nada permanece
Saiba que o mundo gira,
Gira tanto que nos deixa tonto
Permaneça, crie um novo sonho
Participe do dia a dia
Corra, sorria!
O dia começou para todos!
Independente do sonho,
Um sonho para ser sonhado
Um sonho para ser vivido
Um sonho para ser traçado
Acredite, o mundo não parou
Ele apenas estacionou

Unreal


Deita-te, silêncio
Quieta-te, entrega
Ilumina, olhos negros
A luz que entra não iluminaria
Cabelos espalham sobre
Cheiro claro testemunha
Mãos grossas, pêlos finos
Cabe tudo aqui
Chega-te, esquece
Esquece somente
E aqueça
É um sonho
Acomoda
Braços fortes meus
Incomoda quando não estás

De repente e sempre


O mesmo lugar de sempre
Sempre aquele lugar, para sempre
Tudo que cresce, é aquilo que menos aparece
Aquilo que escondemos de todos
Uma verdade para si próprio, uma insistência
Tudo que foi aparentemente apagado,
Lactente, importante
Fatos indecisos, insatisfatórios
Tudo que não ouço, tudo que ficou danificado
Santificado seja o nosso nome
A estrada que diferiu da verdade
Placa de perigo, logo depois da linha do trem
Assim, de repente,

Pontas

Pontas finas, finas
Voam no vento, minha menina.
Voam com meus sonhos,
Voam ao seu encontro
Ponta do que sobrou
Sobra ainda, do meu amor.



Esqueci

Contorno pessoais dos braços
Um afago, abraço
A ponta dos cabelos
O botão da nova blusa
Afaga este frio
Olhos, apenas diante
Nunca foi mais, será
Esteve para sempre
Alí nos cílios
Parte de baixo dos lábios
O cheiro, ahh, o cheiro
O cheiro que tanto me perco
Perdo? Perdi.
Perdão, esqueci.
Não existe metas
Um tempo, foi,
Claro como a água,
Sem nenhum segredo.
Envelheci mais que eu mesmo
No meio, seios, suor
Carinho, ardor,
O ardor que tanto lembro,
Meu adorável Amor.


Gateado

Gateado pela bonita
Olhar e todos os pedaços na praça
Tiro certeiro nos nervos
O aço que se perdeu pelo chão
O chão alvo, pintada como meus nervos
Mistério, tal brinquedo animal, dois.

Insentidos

Deu a hora!
Vamos embora!
Contorna aquela alça!
Fotografa em outro modo!
Contorna aqueles medos todos!
Vamos esquecer outrora desconhecida!
Façamos de conta que somos!
Esqueça todas as almas!
Parta dos princípios!
Faça romper!
Descanse.

Infantilidades

Abomino as aturações
Aturar, ser conveniente
Apenas não amar,

Não aceito,
Nunca aceitaria
Nunca me faria
em qualquer dia uma companhia

Sou da verdade
Encaro o gosto claro
Seja no escuro
Seja do outro lado do muro

Rima infantil
Pode ser até fútil
Simples é ser por ser
Sinto mais que um dia
Não viver em vão valeria

Amargo feliz
Fel doce
Carrega-me no sorriso
Faz o meu sorriso valer

Reacendimento

Nocivo a depressão é o sorriso
Alegria dos dentes, motivo
São razões diversas
Mente aberta
... as vezes adversa

Queira entender,
Me faça descompreender
Relute com minha afirmação
Não abra mão!

Tirarás o meu retorno,
Aquele sorriso do início,
Ele, verdade, com a mente
Sem qualquer tipo de igualdade



Gerundiação

Aprendi a gostar de um monte de coisas
do fútil ao culto
do inculto ao certo
do certo ao incerto

Não sou 100% tudo
Desaprendi a ser 100% nada
Como nunca entenderiam,
Me despeço, sem explicação,

Menti, não me despedi
Apenas me despedi do excesso,
O excesso de razão,
Uma razão tardia,
Disfarçada na mente doentia
Doentia da insatisfação,

Claro, entendes,
Então saúdo a minha chegada repente
Despejando aquilo que realmente sou,
Partindo do princípio sem princípios
Que a minha vida não tem regentes.

Não tire conclusões, invente,
Sou o 6 do 8
O 90 do 80
Independe,
A simplicidade complexa
As palavras inventadas,

Diria, cantaria e choraria,
Mas sempre,
Gerundiando, falando
... e até sorrindo.

Não Palavras

Invento palavras
Reivento
Impalavras
Jogadas,
nenhum vento

Troco


Troco certo
Caminho para os meus dedos
Me fala o que me deve
Acontece, ontem e para sempre
Um a verdade voraz, não grite
A gruta da vida é igual ao trevo de quatro folhas
Uma das folhas lhe trará a felicidade
Basta ¼ de esperança

P


Susto, rua, use no P mesmo
Experimente, peso, foco
Rápida! Linda. aponta
Dispara,
também a mim

Ser Feliz


Ser feliz
É uma neblina densa
Com poucos artifícios
Onde o pleno nunca é explicado

Quieto


Quieto, pensa
Desvio mental, sonho desfeito
Feitiço permissivo, sonha mal feito
Tudo que é imperfeito
Sobre todos os meus
Vivo, tento
Despeito e efeito

XOL XOL XOL


Paranapiacaba
Não tenha medo,
Sente-se, sorriso incrível
A água escorre pela cumieira e atinge o meu rosto
Uma água fria, diferente da água que brota de ti
São diversos passos, aquela sem foco também é linda
O sorriso verdade, aquele de lado, pose
Imagem que está ali
Naquela varanda, a luz atinge os olhos
Disparo automático, um sorriso longe

Tudo que foi impossível ainda é possível em poucos segundos
Entre as dez aberturas, todas elas retrataram a felicidade
As mãos, pousadas sobre os braços, protegem
Aquele abraço era algo que poderia ter sido evitado
Mas nunca, ali, no monte, mão sobre mão
Qualquer transeunte poderia fazer uma bela imagem
Tudo, entre aqueles passos, uma juventude
Segura o queixo com as duas mãos

Molhado e preso, alguém empresta um elástico
Danem-se as meias molhadas, a porta está fechada
Olhe, confie em mim, não há ninguém ali
Confiou, sonhou, acreditou
Naquela mata fechada, as ladeiras de pedras brilhavam
E o brilho, ficou ali. 

Algoz


O culpado de si mesmo
O algoz da infutilidade
O crédulo da bondade
O pudor da maldade
O caçador do quem
O divisor facial
Meio lado riso
Meio lado igual

Impossible possível


O impossível possibilitado
Débil insanidade gigantesca do encontro das peles
Esquecidas no tempo
Viva nas ações dos cantos mentais

O toque sutil de um lábio rosado
o cheiro suave dos líquidos venenosos
quantas entranhas conhecidas pelas vontades puras
insanas e sensacionalmente desequilibradas

Qual a verdade que deve ser mentida?
O Lençol ficou mesmo desarrumado. Quem se importa?
As vestes perdidas denunciam o suor
O gosto do suor atrás da orelha é uma dádiva
A rima, para onde?

Faceira


Faceira como o sonho feliz
Encosta e me torna um herói
Espera o meu abraço feliz
Sonha com as lembranças alegres
O fel nos esconde em abraço
Nos lembra dos pedaços
Dos resquícios que sobrou do tempo
Os cacos que já mataram a sede
São como mil histórias de uma história
Lembrança rápida
...a cada trajetória.

Santos da Vontade


Entre os santos da vontade
Entram os santos da razão
A razão pelo qual
Não houve mais vontade

Entre todas as razões
Aquelas com vontade
Nos deram ainda mais razões
Para não criar coragem

Sem razão e sem coragem
Não tem razão de ser

Cheiro de Felicidade


É um cheiro de felicidade
Doce, como os sonhos
Os sonhos da água na testa
É cheiro de alegria
Feliz, como os sorrisos
Os sorrisos, aquele do dia a dia
É um cheiro de saudade
Nem tão salutar
Mas ainda assim
Me faz feliz por lembrar

Ardência


Dolor, antes que sem ardor
Ninguém, nunca
Pele branca, cia da vida
Pele áspera, pegajosa
Do meu suor e meu líquido
A vida dos olhares
A guia do cheiro
Como um sorriso lindo
O Adeus

Contra Luz


Contra luz
A sala fechada
Piercing brilhou
Reparei, encantou
Entrou ali,
Para sempre

Claridade das Sombras

Claridade das sombras
Curvas da estrada acima dos olhos
Morreu, pereceu, suicidou-se
Lembrou que nada lembrou
Apenas uma decepção, um fel triste e verdadeiro
Nem tudo que é verdadeiro lhe torna feliz
Fecha tudo, vai fechar
Ali, as escadas não importaram
Bastavam entre uma estação e outra
O proibido belo das coisas incertas
A questão foi de carne, osso e intenção
A intenção de amar
Para sempre e nunca mais

O Grito


O grito é silencioso como os pássaros
Voa de um lado para o outro, como o ardor
Ele continua, firme e forte, fala de gente, fala de morte
Mas vive, e está presente em todo o pensamento em vão
Claro, disse não, nunca haveria de falar
Queria o que ninguém entendia
Fora do compreendimento, a certeza se desfaz
Os olhos brilham, os dentes mordem

Dolor


Como quem não vive
Era o tempo total
Livre do preconceito
Carnal como a fome
deus de todas as companhias
Ocorrem em minha mente
Forma a flor, a era, o ventre
Causa dor, furor, gente
A causa de todos os males
Profunda, mal e igual
Mostra os meus traços
Matinal, acordou?
O duro dos dedos
O mole dos pensamentos
E a ausência total do saber
Dia a dia,
Um monte de coisas
Muitas horas, dependências e possibilidades
O outrem ri
Sorriso alegre, feliz
Caso contrário
Choraria, igual a mim

Luz Moderna



Brilho das luzes modernas
Não se equiparam as luzes dos olhos
O ventre branco dança freneticamente
Balança ao som da melodia marcante
Finalmente pasmados todos se ajoelham
E erguem a ode a aquela que sua seu líquido salgado

Motivação Mental


A motivação mental é uma soma entre a surpresa e o inevitável
O inevitável é a dúvida entre o sano e o ilusório
Levas o sono do HD, o muro branco com a mão clara
As cores que tu pintas é o tom vital
E nem por onde
Serás mais de ser 

A Luz


A luz nem é tão bela
Mas as luzes ainda estão acesas
Lembram a noite das luzes, sonhos
Como quem vira a página
Apagam as luzes e acendem as esperanças
Dedos não correspondem
Intemperança
Entre os obcuros pensamentos
Orgulho, saudade,
É como um deus supremo

A Boca


A boca que encanta
A voz e sua cadência especial
Encanta com os olhos
Os olhos de quem ouve
Presencia os medos e os prazeres
Encanta igual aos venenos litigiosos
Próximos ao teu lóbulo central
Onde os lábios beijam com sofreguidão

Transmission


Batida seca, escuro
Notas altas, baixo
Pensamentos árduos
Insanos cálculos
Seres intransmitíveis
O som dos pulos
Braços soltos
Epilepsia dos dedos
Insanos gritos
Gritas, o que gritas?
Somente palpita